1) Quais as mudanças nesta campanha em relação à do ano passado?

Este ano, pela primeira vez os idosos não serão vacinados na primeira etapa da vacinação da Influenza pois, neste momento o grupo ainda está sendo atendido com a dose contra a Covid-19, mas terão suas  doses garantidas na segunda etapa da campanha, segundo o Ministério a Saúde.
No ano passado, adultos de 55 a 59 anos foram incluídos entre o público-alvo. Mas, em 2021, eles deixaram de integrar os grupos prioritários. As doses serão oferecidas para idosos com mais de 60 anos e a outras turmas.

CONTEÚDO

2) Quais as fases da campanha e em que ordem a vacina será distribuída?

A vacinação contra a gripe será dividida em três etapas:

- A partir do dia 12 de abril: crianças, gestantes, puérperas, povos indígenas e trabalhadores de saúde;
- A partir do dia 11 de maio: idosos com 60 anos ou mais e professores;
- Do dia 9 de junho e até o 9 de julho: pessoas com comorbidades ou deficiências permanentes, caminhoneiros, trabalhadores do transporte coletivo rodoviário, trabalhadores portuários, membros das forças de segurança e do exército, funcionários do sistema prisional, jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas e população privada de liberdade.

3) Quem que pode se vacinar gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS)?

- Crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idadeGestantes e puérperas;
- Povos indígenas;
- Trabalhadores da saúde;
- Idosos com 60 anos ou mais;
- Professores das escolas públicas e privadas;
- Indivíduos com deficiência permanente;
- Profissionais das forças de segurança e salvamento (bombeiros, policiais…);
- Forças armadas;
- Caminhoneiros;
- Trabalhadores de transporte coletivo rodoviário;
- Trabalhadores portuários;
- Funcionários do sistema prisional;
- Jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas;
- População privada de liberdade;
- Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais.

4) Quais doenças crônicas permitem a vacinação pelo SUS?

- Diabetes;
- Obesidade;
- Doenças respiratórias crônicas (asma, DPOC, fibrose cística…);
- Doenças cardíacas crônicas (hipertensão, insuficiência cardíaca…);
- Doenças hepáticas crônicas (hepatites, cirrose…);
- Doenças neurológicas crônicas (AVC, paralisia cerebral, esclerose múltipla…);
- Imunossupressão (pessoas com o sistema imunológico prejudicado por enfermidades ou medicamentos);
- Indivíduos transplantados;
 - Portadores de trissomias (Síndrome de Down, Síndrome de Klinefelter.

5) Tomei a vacina contra a covid-19, posso tomar a vacina da gripe?

Não é recomendada a aplicação das duas doses simultaneamente. É necessário respeitar o intervalo de 14 dias entre as vacinas.

6) A vacina da gripe pode causar gripe?

Não. Por ser inativada, ou seja, sem vírus vivo, não existe possibilidade de a vacina da gripe causar gripe.

4) A vacina contra a gripe previne o coronavírus?

Não. A vacina contra a gripe e as pneumocócicas, também citadas em alguns boatos, são extremamente importantes, mas não conferem proteção contra qualquer tipo de coronavírus.

5) Já tomei vacina de H1N1 ano passado. Estou protegido? Não preciso mais tomar?

A revacinação anual contra a gripe é fundamental por dois motivos. O primeiro é que a proteção conferida pela vacina cai progressivamente seis meses depois da aplicação. O segundo é a variação dos subtipos de influenza circulantes. Como eles mudam com frequência, mesmo que o efeito da vacina durasse mais tempo, ela poderia não proteger contra os vírus do inverno seguinte.É importante esclarecer que não há atualmente uma vacina somente contra o H1N1: ele é um dos três ou quatro tipos de vírus influenza contidos nas vacinas disponíveis e, apesar de ter ficado famoso na pandemia de 2009, oferece os mesmos riscos que os demais.

6) Quem já teve H1N1 há dois anos já está imune?

Infelizmente, não. Os vírus que causam a gripe sofrem mutações com alguma regularidade, o que significa que um mesmo tipo pode adquirir características diferentes com o passar do tempo. Por exemplo, o H1N1 de um ano não obrigatoriamente será o mesmo no ano seguinte.Além disso, durante o inverno, circulam outros tipos, como o influenza H3N2, o influenza B etc. Todos podem levar a quadros graves, com risco de internação e até mesmo de morte, dependendo da condição de saúde da pessoa. Vacinar-se contra a enfermidade a cada ano é sempre a melhor proteção.

7) Como vou proteger meu bebê que acabou de nascer e só pode receber a vacina da gripe aos 6 meses de vida?

Os bebês que nascem de mães vacinadas durante a gestação herdam anticorpos que permanecem por alguns meses após o nascimento (conheça todas as vacinas indicadas em: #imunizagestante. Mas, se a mãe não se vacinou na gravidez, ainda pode transferir seus agentes protetores pelo leite materno após se vacinar. Lembramos que a vacina também está disponível na Campanha para mulheres no puerpério (até 45 dias após o parto).As demais pessoas que mantêm contato frequente com o bebê — mães após o puerpério, pais, irmãos, avós e babás, por exemplo — também devem estar em dia com a vacinação contra a gripe e outras doenças infectocontagiosas, para reduzir os riscos de transmissão ao recém-nascido.

8) Por que a vacina demora a chegar?

A composição da vacina que previne a gripe precisa ser revisada a cada ano, de acordo com os tipos de vírus da influenza que mais circularam nos hemisfério Norte e Sul. Em setembro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) — responsável pela tarefa — define a fórmula para o Hemisfério Sul e a comunica aos fabricantes das vacinas.A partir daí, tem início a produção, que leva cerca de seis meses. Como no Brasil o inverno começa em junho, a previsão é a de que a vacina esteja disponível entre março e abril. Dessa forma, as pessoas podem ser imunizadas antes dos meses de maior circulação dos vírus.

9) Cheguei de viagem dos Estados Unidos, onde me vacinei contra a gripe. Ainda preciso tomar a vacina no Brasil?

Sim. A vacina usada nos Estados Unidos tem formulação específica para o Hemisfério Norte, ou seja, pode não conter os tipos de vírus que irão circular no Brasil.

10) Posso tomar logo Oseltamivir (Tamiflu®), caso fique gripado?

O Oseltamivir (Tamiflu®) é usado para tratamento da infecção pelos vírus da influenza, principalmente nos casos em que há fatores de risco para complicações decorrentes da gripe e para pessoas com diagnóstico de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), portanto, sua indicação requer avaliação médica, já que o uso indiscriminado desse medicamento pode gerar problemas futuros. É importante procurar o profissional nas primeiras 48 horas a partir do início dos sintomas.